2ª Meditação: Importância do Fim (Segunda-Feira)
Ponto 1º - O PRINCIPAL NEGÓCIO
Considera, homem, o que te importa é conseguir o teu grande fim: importa-te mais que tudo, porque, se o conseguires, te salvarás e serás para sempre feliz, mas se o falhares, perderás alma e corpo, bem-aventurança e Deus, e serás para sempre condenado. Logo, este é o negócio de todos os negócios, o único importante, o único necessário, servir a Deus e salvar a alma. Portanto, cristão, já não hás-de dizer: quero divertir-me e satisfazer os meus gostos, depois consagrar-me-ei a Deus e espero salvar-me. Esta esperança falsa tem enviado para o inferno muitos que diziam o mesmo, e agora estão condenados sem remédio. Quem dos condenados quis na sua vida condenar-se? Nenhum.
É que Deus diz mal do que peca com a esperança do perdão: Maldito o homem que peca com a esperança. Dizes: “Quero cometer este pecado e em seguida confessar-me-ei dele”. Mas quem te assegura que terás tempo depois? É certo que pecando, te privas da divina graça. Contudo, estás seguro de que voltarás a recuperá-la? Deus usa a sua misericórdia com os que O temem, e não com os que O desprezam. Nem hás-de dizer que é o mesmo confessares dois ou três pecados, não; porque poderá acontecer que Deus te queira perdoar dois e não três. Deus sofre, mas não sofre sempre. Cuidado, irmão, com o que agora lês; deixa a má vida e consagra-te ao serviço de Deus; teme que seja este o último aviso que Deus te envia: basta que O tenhas ofendido, basta fazê-Lo sofrer: teme que outro novo pecado mortal não te seja perdoado. Vê que se trata da alma, que se trata da eternidade. Este mesmo pensamento fez com que muitos resolvessem fechar-se nos claustros dos mosteiros e irem viver nos desertos e nas grutas.
Ai de mim! Que me olho com tantos pecados e com o coração pesado, com a alma oprimida, sabendo que perdi Deus e que mereço o inferno.
Ponto 2º - INTERESSES DESCUIDADOS
Considera como este negócio, ó desgraça, é o mais descuidado: pensa-se em tudo, menos em salvar-se. Há tempo para tudo, menos para Deus. Se disseres a um homem mundano que frequente os sacramentos, que faça meia hora de oração mental por dia, responderá: “Tenho filhos, tenho família, tenho interesses, tenho outras tarefas.”
Oh louco! E quê!? Não tens alma? E crês que os teus filhos e os teus parentes te poderão ajudar na hora da tua morte, e tirar-te do inferno, se te condenares?
Deixa-te de te lisonjeares, pensando poder conciliar coisas tão opostas, Deus e o mundo, salvação e pecados. A salvação não é um negócio que se tem de tratar ligeiramente e superficialmente; é preciso esforçar-se, é preciso trabalhar, é preciso violentar-se se queres ganhar a coroa imortal. Quantos cristãos se comprometeram, poder mais tarde servir a Deus e deste modo salvar-se e, porém, agora estão no inferno. Que loucura pensar sempre no que há-de acabar rapidamente e muitas raras vezes no que não tem fim.
Ah cristão! Olha por ti mesmo, pensa que dentro de pouco hás-de deixar esta terra e entrar na eternidade. Miserável de ti se te condenas, porque não poderás jamais remediar a tua miséria!
Ponto 3º - TENHO UMA ÚNICA ALMA
Considera, cristão, ao dizeres a ti mesmo que tens uma única alma, e se esta se perder, tudo está perdido: tenho uma única alma, e se com o prejuízo dela ganho todo o mundo, de que me serve? Embora chegue a reunir muitas riquezas, embora engrandeça a família, se perco a alma, isto de que vale? De que aproveitarão as riquezas, os prazeres, as vaidades a tantos que viveram no mundo, e agora são pó e cinza numa sepultura, e suas almas estão condenadas no inferno? Se a alma é minha, se é única e se perdendo-a uma vez, a perco para sempre, não hei-de pensar seriamente em salvar-me? Este é um assunto que importa muito: trata-se de ser sempre feliz, ou sempre miserável.
Meu Deus, confesso a minha vaidade e me confundo em considerar que até aqui eu vivia como cego, eu estava tão longe de Vós, e não pensava em salvar esta minha única alma. Salvai-me, oh Pai Eterno! Por amor de Jesus Cristo: Maria, esperança minha, salvai-me com a vossa intercessão!...
Considera, homem, o que te importa é conseguir o teu grande fim: importa-te mais que tudo, porque, se o conseguires, te salvarás e serás para sempre feliz, mas se o falhares, perderás alma e corpo, bem-aventurança e Deus, e serás para sempre condenado. Logo, este é o negócio de todos os negócios, o único importante, o único necessário, servir a Deus e salvar a alma. Portanto, cristão, já não hás-de dizer: quero divertir-me e satisfazer os meus gostos, depois consagrar-me-ei a Deus e espero salvar-me. Esta esperança falsa tem enviado para o inferno muitos que diziam o mesmo, e agora estão condenados sem remédio. Quem dos condenados quis na sua vida condenar-se? Nenhum.
É que Deus diz mal do que peca com a esperança do perdão: Maldito o homem que peca com a esperança. Dizes: “Quero cometer este pecado e em seguida confessar-me-ei dele”. Mas quem te assegura que terás tempo depois? É certo que pecando, te privas da divina graça. Contudo, estás seguro de que voltarás a recuperá-la? Deus usa a sua misericórdia com os que O temem, e não com os que O desprezam. Nem hás-de dizer que é o mesmo confessares dois ou três pecados, não; porque poderá acontecer que Deus te queira perdoar dois e não três. Deus sofre, mas não sofre sempre. Cuidado, irmão, com o que agora lês; deixa a má vida e consagra-te ao serviço de Deus; teme que seja este o último aviso que Deus te envia: basta que O tenhas ofendido, basta fazê-Lo sofrer: teme que outro novo pecado mortal não te seja perdoado. Vê que se trata da alma, que se trata da eternidade. Este mesmo pensamento fez com que muitos resolvessem fechar-se nos claustros dos mosteiros e irem viver nos desertos e nas grutas.
Ai de mim! Que me olho com tantos pecados e com o coração pesado, com a alma oprimida, sabendo que perdi Deus e que mereço o inferno.
Ponto 2º - INTERESSES DESCUIDADOS
Considera como este negócio, ó desgraça, é o mais descuidado: pensa-se em tudo, menos em salvar-se. Há tempo para tudo, menos para Deus. Se disseres a um homem mundano que frequente os sacramentos, que faça meia hora de oração mental por dia, responderá: “Tenho filhos, tenho família, tenho interesses, tenho outras tarefas.”
Oh louco! E quê!? Não tens alma? E crês que os teus filhos e os teus parentes te poderão ajudar na hora da tua morte, e tirar-te do inferno, se te condenares?
Deixa-te de te lisonjeares, pensando poder conciliar coisas tão opostas, Deus e o mundo, salvação e pecados. A salvação não é um negócio que se tem de tratar ligeiramente e superficialmente; é preciso esforçar-se, é preciso trabalhar, é preciso violentar-se se queres ganhar a coroa imortal. Quantos cristãos se comprometeram, poder mais tarde servir a Deus e deste modo salvar-se e, porém, agora estão no inferno. Que loucura pensar sempre no que há-de acabar rapidamente e muitas raras vezes no que não tem fim.
Ah cristão! Olha por ti mesmo, pensa que dentro de pouco hás-de deixar esta terra e entrar na eternidade. Miserável de ti se te condenas, porque não poderás jamais remediar a tua miséria!
Ponto 3º - TENHO UMA ÚNICA ALMA
Considera, cristão, ao dizeres a ti mesmo que tens uma única alma, e se esta se perder, tudo está perdido: tenho uma única alma, e se com o prejuízo dela ganho todo o mundo, de que me serve? Embora chegue a reunir muitas riquezas, embora engrandeça a família, se perco a alma, isto de que vale? De que aproveitarão as riquezas, os prazeres, as vaidades a tantos que viveram no mundo, e agora são pó e cinza numa sepultura, e suas almas estão condenadas no inferno? Se a alma é minha, se é única e se perdendo-a uma vez, a perco para sempre, não hei-de pensar seriamente em salvar-me? Este é um assunto que importa muito: trata-se de ser sempre feliz, ou sempre miserável.
Meu Deus, confesso a minha vaidade e me confundo em considerar que até aqui eu vivia como cego, eu estava tão longe de Vós, e não pensava em salvar esta minha única alma. Salvai-me, oh Pai Eterno! Por amor de Jesus Cristo: Maria, esperança minha, salvai-me com a vossa intercessão!...