3ª Meditação: Do Pecado Mortal (Terça-Feira)
1.º Ponto - INGRATIDÃO DO PECADOR
Considera como tu, sendo criado para amar a Deus, com infernal ingratidão te rebelaste contra Ele, O tens tratado como inimigo, e tens desprezado a Sua graça e a Sua amizade. Sabias que lhe davas um grande desgosto com aquele pecado, e ainda assim cometeste-o. O que peca? Que faz? Volta as costas a Deus, perde o respeito, levanta a mão para O ultrajar, e aflige o seu divino coração. O que peca com as obras disse a Deus: “Afasta-te de mim, não quero obedecer-te, não quero servir-te, não quero reconhecer-te por meu Senhor, nem ter-te como meu Deus; o meu Deus é aquele prazer, aquele interesse e aquela vingança.” Deste modo tens falado no teu coração quando tens preferido a criatura ao Criador. Santa Maria Madalena de Pazzi (1566-1607) não conseguia compreender como um cristão pode advertidamente cometer um pecado mortal. E tu que lês isto, que dizes? Quantos pecados tens cometido?
Ah, meu Deus!... Perdoai-me e tende piedade de mim. Eu tenho-Vos ofendido, bondade infinita, mas agora odeio os meus pecados. Eu Vos amo e arrependo-me de Vos ter ofendido, sendo como sois digno de um amor infinito.
2.º Ponto – DESPREZO DA DIVINA GRAÇA
Considera como Deus te dizia quando tu pecavas: “Filho, Eu, que sou O teu Deus, que te criei do nada, e te comprei com o meu sangue, te proíbo este pecado, sob pena de incorrer na minha desgraça.” Mas tu, pecando, disseste-Lhe: “ Senhor, Eu quero fazer a minha vontade, e não me importa desagradar-Vos e perder a vossa graça.”
Ah meu Deus! – E isto, quantas vezes lho disse? Como tenho sofrido? Oxalá que tivesse morrido antes de Vos ofender! Já não quero desagradar-Vos mais, já quero amar-Vos. Oh bondade infinita! Dai-me a perseverança, dai-me o Vosso santo amor.
3.º Ponto – ABUSO DA MISERICÓRDIA
Considera como Deus, segundo os Seus imperscrutáveis decretos, não tolera em todos igual número de pecados, mas sim a uns mais, a outros menos, e uma vez cheia a medida, na verdade lança mão de terríveis castigos. E quantas vezes sucede que chega a morte tão inesperadamente, que não dá ao pecador tempo de preparar-se para aquela passagem! Quantas vezes chega a morte mesmo no ato do pecado! Quantos daqueles que se foram deitar à noite sãos e robustos, foram de manhã encontrados frios cadáveres!
Quantos, à força de repetir pecados, se vão endurecendo e cegado de tal modo, que, tendo todos os meios para dispor-se a morte evidente, não os aproveitam e morrem impenitentes. Enquanto vive o pecador, pode converter-se, se quiser, com o auxílio de Deus; mas ordinariamente os pecados deixam-no tão obstinado que não se resolve a fazê-lo, nem mesmo na hora da morte: deste modo muitos se terão condenado. Teme que o mesmo te pode suceder. Não merece misericórdia, aquele que abusa da bondade de Deus para ofendê-Lo. Depois de tantos e tão graves pecados como Deus te tem perdoado, tens grande motivo para temer que outro pecado mortal que cometeres já não to perdoe. Dá-lhe graças por ter-te esperado até agora e toma neste momento uma firme decisão de antes sofrer a morte, do que voltar a cometer outro pecado.
Senhor, basta de Vos ofender; a vida que me resta não a quero empregar em ofender-Vos, pois não é isto que Vós mereceis; quero empregá-la apenas em amar-Vos e em chorar as ofensas que Vos fiz; arrependo-me, meu Jesus, de todo o meu coração. Maria, minha Mãe, ajudai-me.
Considera como tu, sendo criado para amar a Deus, com infernal ingratidão te rebelaste contra Ele, O tens tratado como inimigo, e tens desprezado a Sua graça e a Sua amizade. Sabias que lhe davas um grande desgosto com aquele pecado, e ainda assim cometeste-o. O que peca? Que faz? Volta as costas a Deus, perde o respeito, levanta a mão para O ultrajar, e aflige o seu divino coração. O que peca com as obras disse a Deus: “Afasta-te de mim, não quero obedecer-te, não quero servir-te, não quero reconhecer-te por meu Senhor, nem ter-te como meu Deus; o meu Deus é aquele prazer, aquele interesse e aquela vingança.” Deste modo tens falado no teu coração quando tens preferido a criatura ao Criador. Santa Maria Madalena de Pazzi (1566-1607) não conseguia compreender como um cristão pode advertidamente cometer um pecado mortal. E tu que lês isto, que dizes? Quantos pecados tens cometido?
Ah, meu Deus!... Perdoai-me e tende piedade de mim. Eu tenho-Vos ofendido, bondade infinita, mas agora odeio os meus pecados. Eu Vos amo e arrependo-me de Vos ter ofendido, sendo como sois digno de um amor infinito.
2.º Ponto – DESPREZO DA DIVINA GRAÇA
Considera como Deus te dizia quando tu pecavas: “Filho, Eu, que sou O teu Deus, que te criei do nada, e te comprei com o meu sangue, te proíbo este pecado, sob pena de incorrer na minha desgraça.” Mas tu, pecando, disseste-Lhe: “ Senhor, Eu quero fazer a minha vontade, e não me importa desagradar-Vos e perder a vossa graça.”
Ah meu Deus! – E isto, quantas vezes lho disse? Como tenho sofrido? Oxalá que tivesse morrido antes de Vos ofender! Já não quero desagradar-Vos mais, já quero amar-Vos. Oh bondade infinita! Dai-me a perseverança, dai-me o Vosso santo amor.
3.º Ponto – ABUSO DA MISERICÓRDIA
Considera como Deus, segundo os Seus imperscrutáveis decretos, não tolera em todos igual número de pecados, mas sim a uns mais, a outros menos, e uma vez cheia a medida, na verdade lança mão de terríveis castigos. E quantas vezes sucede que chega a morte tão inesperadamente, que não dá ao pecador tempo de preparar-se para aquela passagem! Quantas vezes chega a morte mesmo no ato do pecado! Quantos daqueles que se foram deitar à noite sãos e robustos, foram de manhã encontrados frios cadáveres!
Quantos, à força de repetir pecados, se vão endurecendo e cegado de tal modo, que, tendo todos os meios para dispor-se a morte evidente, não os aproveitam e morrem impenitentes. Enquanto vive o pecador, pode converter-se, se quiser, com o auxílio de Deus; mas ordinariamente os pecados deixam-no tão obstinado que não se resolve a fazê-lo, nem mesmo na hora da morte: deste modo muitos se terão condenado. Teme que o mesmo te pode suceder. Não merece misericórdia, aquele que abusa da bondade de Deus para ofendê-Lo. Depois de tantos e tão graves pecados como Deus te tem perdoado, tens grande motivo para temer que outro pecado mortal que cometeres já não to perdoe. Dá-lhe graças por ter-te esperado até agora e toma neste momento uma firme decisão de antes sofrer a morte, do que voltar a cometer outro pecado.
Senhor, basta de Vos ofender; a vida que me resta não a quero empregar em ofender-Vos, pois não é isto que Vós mereceis; quero empregá-la apenas em amar-Vos e em chorar as ofensas que Vos fiz; arrependo-me, meu Jesus, de todo o meu coração. Maria, minha Mãe, ajudai-me.