- 6ª Meditação de Santo Afonso: Do Inferno (Sexta-feira)
Ponto 1.º - SUPLÍCIOS DO CORPO
Considera como o inferno é uma infelicíssima prisão cheia de fogo. Naquele fogo estão submersos os condenados, tendo um abismo de fogo, por cima, ao redor e por baixo. Fogo nos olhos, fogo na boca, fogo por todo o corpo. Todos os sentidos, tem a sua própria pena: os olhos atormentados pelo fumo, pela escuridão e pela vista de outros condenados e dos demónios. Os ouvidos escutam dia e noite contínuos gritos, clamores e blasfémias. O olfacto está atormentado pelo fedor daqueles inúmeros corpos podres. O gosto pela ardentíssima sede e fome canina, sem nunca poder alcançar uma gota de água, ou uma migalha de pão. Aqueles infelizes presos, abrasados pela sede, devorados pelo fogo, afligidos pelos tormentos, gritam, desesperam, mas não há nem haverá quem os alivie e console. Oh inferno, inferno!... Alguns não te querem crer até que caiam dentro. Que dizes tu que lês isto? Se agora te chegasse a morte, a onde irias? Tu que não podes sofrer a impressão de uma faísca sobre a mão, poderás estar num lago de fogo que te abrase por toda a eternidade?
Ponto 2.º - TORMENTOS DO ESPÍRITO
Considera depois a pena que terão as potências da alma. A memória será atormentada pelo remorso da consciência; este remorso é como um verme que sem cessar roerá o condenado, pensando que está perdido por sua própria escolha e por uns prazeres envenenados. Ai!... Que lhe parecerão então aqueles momentos de prazer, depois de mil milhões de anos no inferno? Este verme lhe recordará o tempo que Deus lhe deu para emendar-se, os meios que lhe proporcionou para se salvar, os bons exemplos dos companheiros, os propósitos feitos e não cumpridos. Então verá que já não há remédio para evitar a sua ruína eterna.
Oh Deus!... Que duplo inferno será este! A vontade, sempre contrariada, jamais alcançará nada do que deseja, e sempre terá o que aborrece, isto é, os tormentos. O entendimento conhecerá o grande bem que perdeu, que é Deus e o Céu. Oh meu Deus! Oh Pai Eterno!... Perdoa-me por amor de Jesus Cristo.
Ponto 3.º - ENTÃO… SERÁ TARDE!
Pecador, tu que agora desprezas a perda da glória e de Deus, conhecerás a tua cegueira quando vires os bem-aventurados triunfar e gozar no Reino dos Céus, e que tu, como cão hediondo, serás excluído daquela pátria bem-aventurada e da presença de Deus, da companhia de Maria Santíssima, dos Anjos e dos Santos. Então, desesperado, dirás: Oh Paraíso de eternos contentes! Oh Deus, oh Bem infinito, não és, nem jamais serás meu! Por isso, faz penitência, antes que a ti também te falte o tempo, consagra-te a Deus, começa a amá-lo de verdade: roga a Jesus Cristo, roga a Maria Santíssima que tenha piedade de ti.
Considera como o inferno é uma infelicíssima prisão cheia de fogo. Naquele fogo estão submersos os condenados, tendo um abismo de fogo, por cima, ao redor e por baixo. Fogo nos olhos, fogo na boca, fogo por todo o corpo. Todos os sentidos, tem a sua própria pena: os olhos atormentados pelo fumo, pela escuridão e pela vista de outros condenados e dos demónios. Os ouvidos escutam dia e noite contínuos gritos, clamores e blasfémias. O olfacto está atormentado pelo fedor daqueles inúmeros corpos podres. O gosto pela ardentíssima sede e fome canina, sem nunca poder alcançar uma gota de água, ou uma migalha de pão. Aqueles infelizes presos, abrasados pela sede, devorados pelo fogo, afligidos pelos tormentos, gritam, desesperam, mas não há nem haverá quem os alivie e console. Oh inferno, inferno!... Alguns não te querem crer até que caiam dentro. Que dizes tu que lês isto? Se agora te chegasse a morte, a onde irias? Tu que não podes sofrer a impressão de uma faísca sobre a mão, poderás estar num lago de fogo que te abrase por toda a eternidade?
Ponto 2.º - TORMENTOS DO ESPÍRITO
Considera depois a pena que terão as potências da alma. A memória será atormentada pelo remorso da consciência; este remorso é como um verme que sem cessar roerá o condenado, pensando que está perdido por sua própria escolha e por uns prazeres envenenados. Ai!... Que lhe parecerão então aqueles momentos de prazer, depois de mil milhões de anos no inferno? Este verme lhe recordará o tempo que Deus lhe deu para emendar-se, os meios que lhe proporcionou para se salvar, os bons exemplos dos companheiros, os propósitos feitos e não cumpridos. Então verá que já não há remédio para evitar a sua ruína eterna.
Oh Deus!... Que duplo inferno será este! A vontade, sempre contrariada, jamais alcançará nada do que deseja, e sempre terá o que aborrece, isto é, os tormentos. O entendimento conhecerá o grande bem que perdeu, que é Deus e o Céu. Oh meu Deus! Oh Pai Eterno!... Perdoa-me por amor de Jesus Cristo.
Ponto 3.º - ENTÃO… SERÁ TARDE!
Pecador, tu que agora desprezas a perda da glória e de Deus, conhecerás a tua cegueira quando vires os bem-aventurados triunfar e gozar no Reino dos Céus, e que tu, como cão hediondo, serás excluído daquela pátria bem-aventurada e da presença de Deus, da companhia de Maria Santíssima, dos Anjos e dos Santos. Então, desesperado, dirás: Oh Paraíso de eternos contentes! Oh Deus, oh Bem infinito, não és, nem jamais serás meu! Por isso, faz penitência, antes que a ti também te falte o tempo, consagra-te a Deus, começa a amá-lo de verdade: roga a Jesus Cristo, roga a Maria Santíssima que tenha piedade de ti.