A Quaresma e a Chamada a Recebermos a “Água Viva”
Estamos em plena Quaresma, ou seja, quarenta dias que o Senhor nos oferece para nos prepararmos de coração purificado a fim de celebrar a Páscoa do Senhor Jesus, a Sua passagem da morte para a vida. Este é um tempo privilegiado para valorizarmos mais a oração pessoal, a meditação da Palavra de Deus, a caridade e a partilha, em vista da nossa conversão e santificação.A Quaresma é também e, segundo o nosso bispo D. António Marto, “um tempo propício para celebrar o sacramento da penitência e reconciliação.Nele é Deus, rico de misericórdia, que vem ao encontro de cada um com a graça do perdão dos pecados pessoais. Recebemos a alegria da reconciliação com Deus e com os irmãos, da cura das feridas interiores, de avançar no caminho da conversão e da vida nova, de readquirir a serenidade e a paz interior. Na atual emergência, sacerdotes e penitentes «devem adotar as prudentes atenções na celebração individual do sacramento, tais como a celebração num lugar ventilado fora do confessionário, a adoção de uma distância adequada, a utilização de máscaras protetoras, sem prejuízo da atenção absoluta à salvaguarda do sigilo sacramental e à necessária discrição» (Penitenciaria Apostólica)”.
No terceiro domingo da Quaresma, parte central da mesma, lendo as leituras do ano A, conforme permite a liturgia da Igreja, contemplamos o Evangelho do diálogo de Jesus com uma mulher da região de Samaria (Jo 4, 5-42), que nos introduz no essencial da Revelação Cristã, mostrando-nos que ninguém poderá professar a fé em Cristo, como Filho Unigénito de Deus e Salvador, se não enveredar por um caminho de conhecimento de Deus e não receber a graça do Espírito Santo, por meio do Senhor Jesus. Se não vejamos: Jesus, para a mulher de Samaria, primeiro era um judeu qualquer, a seguir já era um profeta e, por fim, o Messias ou o Filho de Deus. Ora, a samaritana chegou a esta verdade de fé, porque Jesus lhe comunicou a graça do Espírito Santo pela Sua Palavra de luz e pelo encontro com Ele.
A samaritana ficou cheia do Espírito Santo e de alegria, indo imediatamente a anunciar a sua descoberta aos homens da sua cidade. Assim, acontece com todos aqueles que encontram Jesus: têm que O anunciar aos outros. A samaritana renasceu para uma vida nova. Contudo, percebeu bem a pedagogia de Jesus e o caminho de descoberta que percorreu. E assim, vai estimular a procura do Messias aos homens da sua terra, dizendo-lhes não que encontrou o Messias, mas que encontrou “um homem, que lhe disse tudo o que ela fez”. E então, eles, curiosos, vão ao encontro do Senhor, ficam com Ele dois dias, acabando por fazerem também o mesmo caminho de descoberta, tal como aquela mulher, até culminarem na profissão de fé em Jesus Cristo: “Nós também acreditamos, que Ele é o Salvador do Mundo”.
Por conseguinte, irmãos, ser cristão é ser discípulo. E o discípulo é precisamente aquele que está todos os dias com o seu Mestre e este, por sua vez, concede-lhe o dom mais excelente de todos: O Espírito Santo, a “água viva”, que sacia a sede de Deus, de felicidade, de paz e de vida eterna.
Todos nós fazemos a experiência das nossas fraquezas e misérias. Pois bem, assim como a samaritana foi transformada, também nós o podemos ser. Jesus está no meio de nós e de modo especial na nossa oração, na leitura orante da Bíblia, nos sacramentos e de modo único na Eucaristia, nos sacrários das nossas igrejas, nos sacerdotes e pastores da Igreja Católica e nos doentes, pobres e mais necessitados.
Nesta Quaresma, façamos, portanto, o propósito de valorizar mais a oração, a leitura da Bíblia, sobretudo do Evangelho, a visita a Jesus no sacrário, a recepção fervorosa dos sacramentos da Confissão e da Eucaristia, bem como a caridade para com os pobres, doentes e necessitados.
Para todos vós, estimados leitores e irmãos, votos de uma santa Quaresma e uma Páscoa muito feliz.
Pe. João Nuno de Pina Pedro
No terceiro domingo da Quaresma, parte central da mesma, lendo as leituras do ano A, conforme permite a liturgia da Igreja, contemplamos o Evangelho do diálogo de Jesus com uma mulher da região de Samaria (Jo 4, 5-42), que nos introduz no essencial da Revelação Cristã, mostrando-nos que ninguém poderá professar a fé em Cristo, como Filho Unigénito de Deus e Salvador, se não enveredar por um caminho de conhecimento de Deus e não receber a graça do Espírito Santo, por meio do Senhor Jesus. Se não vejamos: Jesus, para a mulher de Samaria, primeiro era um judeu qualquer, a seguir já era um profeta e, por fim, o Messias ou o Filho de Deus. Ora, a samaritana chegou a esta verdade de fé, porque Jesus lhe comunicou a graça do Espírito Santo pela Sua Palavra de luz e pelo encontro com Ele.
A samaritana ficou cheia do Espírito Santo e de alegria, indo imediatamente a anunciar a sua descoberta aos homens da sua cidade. Assim, acontece com todos aqueles que encontram Jesus: têm que O anunciar aos outros. A samaritana renasceu para uma vida nova. Contudo, percebeu bem a pedagogia de Jesus e o caminho de descoberta que percorreu. E assim, vai estimular a procura do Messias aos homens da sua terra, dizendo-lhes não que encontrou o Messias, mas que encontrou “um homem, que lhe disse tudo o que ela fez”. E então, eles, curiosos, vão ao encontro do Senhor, ficam com Ele dois dias, acabando por fazerem também o mesmo caminho de descoberta, tal como aquela mulher, até culminarem na profissão de fé em Jesus Cristo: “Nós também acreditamos, que Ele é o Salvador do Mundo”.
Por conseguinte, irmãos, ser cristão é ser discípulo. E o discípulo é precisamente aquele que está todos os dias com o seu Mestre e este, por sua vez, concede-lhe o dom mais excelente de todos: O Espírito Santo, a “água viva”, que sacia a sede de Deus, de felicidade, de paz e de vida eterna.
Todos nós fazemos a experiência das nossas fraquezas e misérias. Pois bem, assim como a samaritana foi transformada, também nós o podemos ser. Jesus está no meio de nós e de modo especial na nossa oração, na leitura orante da Bíblia, nos sacramentos e de modo único na Eucaristia, nos sacrários das nossas igrejas, nos sacerdotes e pastores da Igreja Católica e nos doentes, pobres e mais necessitados.
Nesta Quaresma, façamos, portanto, o propósito de valorizar mais a oração, a leitura da Bíblia, sobretudo do Evangelho, a visita a Jesus no sacrário, a recepção fervorosa dos sacramentos da Confissão e da Eucaristia, bem como a caridade para com os pobres, doentes e necessitados.
Para todos vós, estimados leitores e irmãos, votos de uma santa Quaresma e uma Páscoa muito feliz.
Pe. João Nuno de Pina Pedro