Os Atentados ao Evangelho da Vida
S. João Paulo II escreveu em 1995 a Carta Encíclica “Evangelho da Vida” sobre o valor e o carácter inviolável da vida humana. Aqui o Santo Padre, com uma clareza, profundidade e actualidade extraordinárias, aborda, em quatro capítulos, as actuais ameaças à vida humana, a mensagem cristã sobre a vida, a Lei Santa de Deus e o que fazer por uma nova cultura da vida humana. É um texto de leitura obrigatória para quem deseja imbuir a sociedade e a Igreja dos verdadeiros valores que promovem o bem integral de cada homem e dos homens todos.
Hoje, no entanto, torna-se particularmente urgente o anúncio da mensagem cristã acerca da vida humana, perante a impressionante multiplicação e agravamento das ameaças à vida das pessoas e dos povos, sobretudo quando ela é débil e indefesa. No nosso país, surgiu novamente a questão da eutanásia, tendo o presidente da Assembleia da República recebido, a 26 de Abril, uma petição pública pela despenalização da eutanásia, matéria que merece uma forte oposição da Igreja Católica. O texto da petição, dirigido à Assembleia da República e disponível na internet, é o mesmo do manifesto assinado por mais de cem personalidades da sociedade portuguesa que defendem esta legalização.
Perante esta questão, os nossos Bispos previamente divulgaram uma Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, a 8 de Março último, intitulada «Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador», contendo um importante conjunto de 26 questões em que se questiona o «absurdo» do «direito» a morrer.
Já na sua assembleia plenária da Primavera, a Conferência Episcopal (CEP) reforçou esta posição de “total rejeição” de uma eventual legalização da eutanásia no nosso país. “A Assembleia reafirmou a total rejeição da eutanásia, que elimina a vida de uma pessoa, matando-a. A Igreja nunca deixará de defender a vida como bem absoluto para o homem, rejeitando todas as formas de cultura de morte”, refere o comunicado final da reunião, que decorreu entre 4 e 7 de abril.
O organismo máximo do episcopado católico em Portugal debateu o tema “a partir da recente nota pastoral do Conselho Permanente” da CEP, com o contributo de “alguns peritos na área do direito e da medicina”. Para o episcopado português, é necessário promover “cada vez mais uma efetiva proximidade junto dos que mais sofrem” e intensificar “a rede de cuidados paliativos como direito para todos, os quais servem para ajudar a viver e fomentar a esperança”.
D. Manuel Clemente, presidente da CEP, lamentou a resposta "muito minoritária" em termos de cuidados paliativos, face às necessidades do país, sublinhando aos jornalistas que esta deve ser a "verdadeira frente de combate". Para o cardeal-patriarca, importa recordar que o direito à vida é "inviolável", também do ponto de vista constitucional, lamentando que se elimine do "horizonte" a dimensão de sofrimento. "Nós podemos usar muitos eufemismos, mas [a eutanásia] trata-se sempre de matar, de eliminar uma vida, mesmo que seja a pedido", referiu, em conferência de imprensa.
Os atentados à vida, segundo S. João Paulo II, na Encíclica referida, têm a seguinte causa: “O eclipse do sentido de Deus e do homem conduz inevitavelmente ao materialismo prático, no qual prolifera o individualismo, o utilitarismo e o hedonismo (…). Quando o “único fim que conta é a busca do próprio bem-estar material e a chamada «qualidade de vida» é interpretada prevalente ou exclusivamente como eficiência económica, consumismo desenfreado, beleza e prazer da vida física, esquecendo as dimensões mais profundas da existência, como são as interpessoais, espirituais e religiosas”, então, “o sofrimento é deplorado, rejeitado como inútil, ou mesmo combatido como mal a evitar sempre e por todos os modos” (nº23).
Perante este, contexto, não deixemos de anunciar a verdade do Evangelho e de rezar muito ao Espírito Santo e pela conversão dos pecadores, como Nossa Senhora nos pediu em Fátima, Ela que é a medianeira de todas as graças.
Hoje, no entanto, torna-se particularmente urgente o anúncio da mensagem cristã acerca da vida humana, perante a impressionante multiplicação e agravamento das ameaças à vida das pessoas e dos povos, sobretudo quando ela é débil e indefesa. No nosso país, surgiu novamente a questão da eutanásia, tendo o presidente da Assembleia da República recebido, a 26 de Abril, uma petição pública pela despenalização da eutanásia, matéria que merece uma forte oposição da Igreja Católica. O texto da petição, dirigido à Assembleia da República e disponível na internet, é o mesmo do manifesto assinado por mais de cem personalidades da sociedade portuguesa que defendem esta legalização.
Perante esta questão, os nossos Bispos previamente divulgaram uma Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, a 8 de Março último, intitulada «Eutanásia: o que está em causa? Contributos para um diálogo sereno e humanizador», contendo um importante conjunto de 26 questões em que se questiona o «absurdo» do «direito» a morrer.
Já na sua assembleia plenária da Primavera, a Conferência Episcopal (CEP) reforçou esta posição de “total rejeição” de uma eventual legalização da eutanásia no nosso país. “A Assembleia reafirmou a total rejeição da eutanásia, que elimina a vida de uma pessoa, matando-a. A Igreja nunca deixará de defender a vida como bem absoluto para o homem, rejeitando todas as formas de cultura de morte”, refere o comunicado final da reunião, que decorreu entre 4 e 7 de abril.
O organismo máximo do episcopado católico em Portugal debateu o tema “a partir da recente nota pastoral do Conselho Permanente” da CEP, com o contributo de “alguns peritos na área do direito e da medicina”. Para o episcopado português, é necessário promover “cada vez mais uma efetiva proximidade junto dos que mais sofrem” e intensificar “a rede de cuidados paliativos como direito para todos, os quais servem para ajudar a viver e fomentar a esperança”.
D. Manuel Clemente, presidente da CEP, lamentou a resposta "muito minoritária" em termos de cuidados paliativos, face às necessidades do país, sublinhando aos jornalistas que esta deve ser a "verdadeira frente de combate". Para o cardeal-patriarca, importa recordar que o direito à vida é "inviolável", também do ponto de vista constitucional, lamentando que se elimine do "horizonte" a dimensão de sofrimento. "Nós podemos usar muitos eufemismos, mas [a eutanásia] trata-se sempre de matar, de eliminar uma vida, mesmo que seja a pedido", referiu, em conferência de imprensa.
Os atentados à vida, segundo S. João Paulo II, na Encíclica referida, têm a seguinte causa: “O eclipse do sentido de Deus e do homem conduz inevitavelmente ao materialismo prático, no qual prolifera o individualismo, o utilitarismo e o hedonismo (…). Quando o “único fim que conta é a busca do próprio bem-estar material e a chamada «qualidade de vida» é interpretada prevalente ou exclusivamente como eficiência económica, consumismo desenfreado, beleza e prazer da vida física, esquecendo as dimensões mais profundas da existência, como são as interpessoais, espirituais e religiosas”, então, “o sofrimento é deplorado, rejeitado como inútil, ou mesmo combatido como mal a evitar sempre e por todos os modos” (nº23).
Perante este, contexto, não deixemos de anunciar a verdade do Evangelho e de rezar muito ao Espírito Santo e pela conversão dos pecadores, como Nossa Senhora nos pediu em Fátima, Ela que é a medianeira de todas as graças.
Pe. João Pedro