Quem «inventou» o sacramento da Confissão?
A Confissão, também chamada Reconciliação e Penitência, é um
dos sete sacramentos pelos quais, segundo a Tradição e o ensino constante da
Igreja Católica, a graça de Deus é transmitida aos fiéis. Neste caso, a graça
do perdão dos pecados, pois, como lembra S. Paulo, todos somos pecadores e
estamos privados da glória de Deus e, sem o merecer, somos justificados pela
sua graça, em virtude da redenção operada em Cristo (cf. Carta aos Romanos, 3,
23-24). Esta justificação, para os pecados cometidos depois do batismo,
torna-se eficaz, de modo particular, na celebração do sacramento da
Reconciliação.
Na origem deste sacramento está o próprio Jesus – e nem poderia ser de outro modo, pois a Igreja não «inventa» os sacramentos, recebe-os do seu Senhor e Mestre. Durante a sua vida terrena, Jesus referiu, mais de uma vez, o seu poder de perdoar os pecados, como nesta passagem do Evangelho segundo São Marcos: «O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados» (2, 10). E não só afirmou este poder como o exerceu, afirmando, por exemplo, ao paralítico e à mulher pecadora: «Estão perdoados os teus pecados» (cf. Marcos 2,5; Lucas 7, 48).
Depois da sua ressurreição, Jesus concedeu este poder aos apóstolos (ou seja, à Igreja), como testemunha São João, no seu Evangelho: «… soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santos. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes (não perdoardes), ficarão retidos”» (20, 21-23). Desde o início, a Igreja viu nestas palavras a instituição do sacramento da reconciliação, que é fonte de paz e alegria. E reconheceu, também, a missão que lhe cabia, na pessoa dos seus ministros, de nunca faltar com esta graça sacramental aos fiéis, sempre que estes manifestem disposição para acolher o perdão de Deus.
Ao longo dos séculos, a forma de celebrar este sacramento foi sofrendo alterações: foi discutido se o sacramento podia ser recebido apenas uma vez ou muitas vezes; foram prescritas penitências públicas, por vezes duríssimas, para casos de pecados particularmente graves (idolatria, adultério, homicídio…), antes de o pecador poder aceder à celebração do sacramento… Durante o século VII, sob influência de missionários irlandeses, começou a divulgar-se no Ocidente a prática «privada» da penitência. Esta nova forma, sem penitências públicas, envolvia apenas o penitente e o sacerdote e abria as portas à repetição mais frequente do sacramento. Permitia também integrar na mesma celebração o perdão dos pecados graves e dos pecados veniais. Foi esta forma de celebrar o sacramento que a Igreja consagrou e manteve, nas suas linhas gerais, até aos nossos dias.
Este sacramento constitui um sacramento de cura da alma, pelo que um dos cinco preceitos da Santa Igreja preconiza que o crente deve confessar-se ao menos pela Páscoa. Contudo, a mesma Igreja recomenda a confissão mensal, porque este sacramento é uma grande ajuda para formar a consciência e alcançar a santidade.
Na origem deste sacramento está o próprio Jesus – e nem poderia ser de outro modo, pois a Igreja não «inventa» os sacramentos, recebe-os do seu Senhor e Mestre. Durante a sua vida terrena, Jesus referiu, mais de uma vez, o seu poder de perdoar os pecados, como nesta passagem do Evangelho segundo São Marcos: «O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados» (2, 10). E não só afirmou este poder como o exerceu, afirmando, por exemplo, ao paralítico e à mulher pecadora: «Estão perdoados os teus pecados» (cf. Marcos 2,5; Lucas 7, 48).
Depois da sua ressurreição, Jesus concedeu este poder aos apóstolos (ou seja, à Igreja), como testemunha São João, no seu Evangelho: «… soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santos. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes (não perdoardes), ficarão retidos”» (20, 21-23). Desde o início, a Igreja viu nestas palavras a instituição do sacramento da reconciliação, que é fonte de paz e alegria. E reconheceu, também, a missão que lhe cabia, na pessoa dos seus ministros, de nunca faltar com esta graça sacramental aos fiéis, sempre que estes manifestem disposição para acolher o perdão de Deus.
Ao longo dos séculos, a forma de celebrar este sacramento foi sofrendo alterações: foi discutido se o sacramento podia ser recebido apenas uma vez ou muitas vezes; foram prescritas penitências públicas, por vezes duríssimas, para casos de pecados particularmente graves (idolatria, adultério, homicídio…), antes de o pecador poder aceder à celebração do sacramento… Durante o século VII, sob influência de missionários irlandeses, começou a divulgar-se no Ocidente a prática «privada» da penitência. Esta nova forma, sem penitências públicas, envolvia apenas o penitente e o sacerdote e abria as portas à repetição mais frequente do sacramento. Permitia também integrar na mesma celebração o perdão dos pecados graves e dos pecados veniais. Foi esta forma de celebrar o sacramento que a Igreja consagrou e manteve, nas suas linhas gerais, até aos nossos dias.
Este sacramento constitui um sacramento de cura da alma, pelo que um dos cinco preceitos da Santa Igreja preconiza que o crente deve confessar-se ao menos pela Páscoa. Contudo, a mesma Igreja recomenda a confissão mensal, porque este sacramento é uma grande ajuda para formar a consciência e alcançar a santidade.