Santa Margarida Maria e a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus
1 . Santa Margarida Maria Alacoque
A Igreja Católica, no dia 16 de outubro, celebra a sua memória litúrgica. Esta religiosa nasceu em 1647, na diocese de Autun (França). Acolhida entre as irmãs da Visitação de Paray-le-Monial, progredia de modo admirável no caminho da perfeição. Teve revelações místicas, particularmente sobre a devoção ao Coração de Jesus, e contribuiu muito para introduzir o seu culto na Igreja. Faleceu a 17 de outubro de 1690.
2 . Excertos de uma carta de Santa Margarida Maria
“Parece-me que a intenção de Nosso Senhor ao manifestar tão grande desejo de que o seu Sagrado Coração seja especialmente venerado, é renovar nas almas os efeitos da sua redenção. Na verdade, o Sagrado Coração é uma fonte inesgotável que não pretende senão comunicar-se aos corações humildes, para que, mais livres e disponíveis, orientem a sua vida na entrega total à sua vontade.
Deste divino Coração brotam sem cessar três canais de graça. O primeiro é o da misericórdia para com os pecadores, sobre os quais infunde o espírito de contrição e de penitência. O segundo é o da caridade, para auxílio de quantos padecem tribulações e em especial dos que aspiram à perfeição, a fim de que superem todas as dificuldades. O terceiro é de amor e luz para os seus amigos perfeitos que deseja unir a Si para os tornar participantes da sua ciência e dos seus desígnios, a fim de que eles se consagrem inteiramente a promover a sua glória, cada um à sua maneira. Este divino Coração é um abismo que encerra todos os bens e é preciso que os pobres Lhe confiem todas as suas necessidades.
É abismo de alegria em que devem ficar submersas todas as nossas tristezas; é abismo de humildade contra o nosso orgulho; é abismo de misericórdia para os infelizes; é abismo de amor para saciar toda a nossa pobreza.
Uni-vos intimamente, em tudo o que fizerdes, ao Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, para fazerdes vossas as suas disposições e a sua satisfação. Por exemplo, não adiantais nada na oração? Contentai-vos com oferecer a Deus as preces que o divino Salvador eleva por nós no Sacramento do altar, oferecendo o seu fervor em reparação da vossa tibieza; e dizei em cada uma das vossas acções: «Meu Deus, faço isto ou sofro aquilo em união com o Sagrado Coração de vosso Filho e segundo as suas intenções; eu Vo-lo ofereço em reparação de todo o mal ou imperfeição das minhas obras». E de modo semelhante em todas as circunstâncias da vida. E sempre que vos sobrevém qualquer sofrimento, angústia ou mortificação, dizei no vosso interior: «Recebe o que o Sagrado Coração de Jesus te envia para te unir a Ele».
Acima de tudo, porém, conservai a paz de coração, que supera todos os tesouros. E o melhor meio de a conservar é renunciar à própria vontade e colocar a vontade do divino Coração em vez da nossa, para a deixar escolher por nós aquilo que mais pode contribuir para a sua glória.”
3 . As promessas de Jesus
É difícil falar do Sagrado Coração de Nosso Senhor sem fazer menção às suas promessas. É pelo dom dos milagres – exteriores e sensíveis – divinamente operados em profusão nos primeiros séculos, que a fé se difundiu no mundo. É também pelos milagres, mas de outro género, em sua maioria espirituais, que o Coração de Jesus quer reanimar a vida cristã e estabelecer o seu reino universal.
Anúncio profético dessa realidade são as promessas que Ele fez. Ouçamos com atenção essa voz divina, adoremos e sobretudo amemos o Coração que tanto amou os homens até a morte, e morte de cruz.
Nosso Senhor Jesus Cristo quer salvar uma vez mais o mundo pela devoção ao seu divino Coração, conforme ele próprio declarou a Santa Margarida Maria Alacoque. Prevendo os inumeráveis obstáculos com os quais se iria deparar essa devoção, e sabendo bem como o coração humano dificilmente aceita o que não lhe oferece alguma vantagem, seja temporal, seja espiritual, Nosso Senhor quis favorecer com as suas maravilhosas promessas todos aqueles que praticassem e propagassem a devoção ao seu Coração sagrado.
Por essas promessas maravilhosas, o Coração de Jesus propõe-se apenas a conduzir-nos a Ele próprio. Elas são um meio de nos conduzir a um fim mais alto: o reino da caridade, que é o amor de Deus, nas almas e na sociedade.
1ª: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração”;
2ª: “Eu darei aos devotos do Meu Coração todas as graças necessárias ao seu estado”;
3ª: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”;
4ª: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”;
5ª: “Serei refúgio seguro na sua vida e, principalmente, na hora da sua morte”;
6ª: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”;
7ª: “Os pecadores encontrarão, no meu Coração, fonte inesgotável de misericórdia”;
8ª: “As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção”;
9ª: “As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição”;
10ª: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”;
11ª: “As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração”;
E a grande Promessa:
12ª: “A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, Eu darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.
A Igreja Católica, no dia 16 de outubro, celebra a sua memória litúrgica. Esta religiosa nasceu em 1647, na diocese de Autun (França). Acolhida entre as irmãs da Visitação de Paray-le-Monial, progredia de modo admirável no caminho da perfeição. Teve revelações místicas, particularmente sobre a devoção ao Coração de Jesus, e contribuiu muito para introduzir o seu culto na Igreja. Faleceu a 17 de outubro de 1690.
2 . Excertos de uma carta de Santa Margarida Maria
“Parece-me que a intenção de Nosso Senhor ao manifestar tão grande desejo de que o seu Sagrado Coração seja especialmente venerado, é renovar nas almas os efeitos da sua redenção. Na verdade, o Sagrado Coração é uma fonte inesgotável que não pretende senão comunicar-se aos corações humildes, para que, mais livres e disponíveis, orientem a sua vida na entrega total à sua vontade.
Deste divino Coração brotam sem cessar três canais de graça. O primeiro é o da misericórdia para com os pecadores, sobre os quais infunde o espírito de contrição e de penitência. O segundo é o da caridade, para auxílio de quantos padecem tribulações e em especial dos que aspiram à perfeição, a fim de que superem todas as dificuldades. O terceiro é de amor e luz para os seus amigos perfeitos que deseja unir a Si para os tornar participantes da sua ciência e dos seus desígnios, a fim de que eles se consagrem inteiramente a promover a sua glória, cada um à sua maneira. Este divino Coração é um abismo que encerra todos os bens e é preciso que os pobres Lhe confiem todas as suas necessidades.
É abismo de alegria em que devem ficar submersas todas as nossas tristezas; é abismo de humildade contra o nosso orgulho; é abismo de misericórdia para os infelizes; é abismo de amor para saciar toda a nossa pobreza.
Uni-vos intimamente, em tudo o que fizerdes, ao Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo, para fazerdes vossas as suas disposições e a sua satisfação. Por exemplo, não adiantais nada na oração? Contentai-vos com oferecer a Deus as preces que o divino Salvador eleva por nós no Sacramento do altar, oferecendo o seu fervor em reparação da vossa tibieza; e dizei em cada uma das vossas acções: «Meu Deus, faço isto ou sofro aquilo em união com o Sagrado Coração de vosso Filho e segundo as suas intenções; eu Vo-lo ofereço em reparação de todo o mal ou imperfeição das minhas obras». E de modo semelhante em todas as circunstâncias da vida. E sempre que vos sobrevém qualquer sofrimento, angústia ou mortificação, dizei no vosso interior: «Recebe o que o Sagrado Coração de Jesus te envia para te unir a Ele».
Acima de tudo, porém, conservai a paz de coração, que supera todos os tesouros. E o melhor meio de a conservar é renunciar à própria vontade e colocar a vontade do divino Coração em vez da nossa, para a deixar escolher por nós aquilo que mais pode contribuir para a sua glória.”
3 . As promessas de Jesus
É difícil falar do Sagrado Coração de Nosso Senhor sem fazer menção às suas promessas. É pelo dom dos milagres – exteriores e sensíveis – divinamente operados em profusão nos primeiros séculos, que a fé se difundiu no mundo. É também pelos milagres, mas de outro género, em sua maioria espirituais, que o Coração de Jesus quer reanimar a vida cristã e estabelecer o seu reino universal.
Anúncio profético dessa realidade são as promessas que Ele fez. Ouçamos com atenção essa voz divina, adoremos e sobretudo amemos o Coração que tanto amou os homens até a morte, e morte de cruz.
Nosso Senhor Jesus Cristo quer salvar uma vez mais o mundo pela devoção ao seu divino Coração, conforme ele próprio declarou a Santa Margarida Maria Alacoque. Prevendo os inumeráveis obstáculos com os quais se iria deparar essa devoção, e sabendo bem como o coração humano dificilmente aceita o que não lhe oferece alguma vantagem, seja temporal, seja espiritual, Nosso Senhor quis favorecer com as suas maravilhosas promessas todos aqueles que praticassem e propagassem a devoção ao seu Coração sagrado.
Por essas promessas maravilhosas, o Coração de Jesus propõe-se apenas a conduzir-nos a Ele próprio. Elas são um meio de nos conduzir a um fim mais alto: o reino da caridade, que é o amor de Deus, nas almas e na sociedade.
1ª: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração”;
2ª: “Eu darei aos devotos do Meu Coração todas as graças necessárias ao seu estado”;
3ª: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”;
4ª: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”;
5ª: “Serei refúgio seguro na sua vida e, principalmente, na hora da sua morte”;
6ª: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”;
7ª: “Os pecadores encontrarão, no meu Coração, fonte inesgotável de misericórdia”;
8ª: “As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção”;
9ª: “As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição”;
10ª: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”;
11ª: “As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração”;
E a grande Promessa:
12ª: “A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, Eu darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.