Sínodo: Como Eu o Manobro
Por Marco Tosatti* – La Stampa (Tradução: Fratres in Unum.com) – O Sínodo sobre a Família abordará muitas coisas, mas os media provavelmente vão falar sobre uma só: da possibilidade de pessoas casadas na Igreja, divorciadas (sem o reconhecimento da nulidade do vínculo anterior) e recasadas, receberem a comunhão.
Ocorre já um certo número de casos em que sacerdotes, mesmo entre os “conservadores”, examinam a situação pessoal e tomam para si a responsabilidade de dizer: comungue, mas de forma discreta. Isto desde os tempos de João Paulo II.
Mas de qualquer forma, o Cardeal Walter Kasper, que já há vinte anos tinha sua própria ideia a esse respeito, não acolhida nos pontificados de João Paulo II e Bento XVI, viu na ascensão de Bergoglio a oportunidade de apresentá-la novamente. Apesar do facto de que de Manila a Berlim, de Nova York a África, a grande maioria de seus colegas tenha, mais uma vez, reafirmado a doutrina da Igreja, baseada, aliás, nas palavras de Jesus; um dos poucos casos em que a afirmação aparece nítida, clara e definitiva, não colocada em dúvida sequer pelos mutiladores profissionais de textos…
Em suma, as coisas para Kasper & Companhia não tinham ambiente para se inserir muito bem. Mas talvez houvesse uma maneira de ajudá-los. E tentar impedir que as vozes irritantes façam muito barulho.
O primeiro ponto consiste em pedir que as intervenções escritas sejam entregues com antecedência. Isso foi feito. Até 8 de Setembro, quem queria intervir no Sínodo deveria enviar o seu pequeno discurso.
Segundo: ler atentamente todas as intervenções e no caso de que algumas delas serem particularmente picantes, dar a palavra a um orador que, antes da intervenção espinhosa, buscasse já responder, no todo ou em parte, aos problemas levantados pela própria intervenção.
Terceiro: se alguma intervenção parecer realmente problemática, dizer que, infelizmente, não há tempo para dar a palavra a todos, mas que o texto foi recebido e permanece nas atas, e com certeza isso será tido em conta na elaboração final.
E, com efeito, não é tanto o Sínodo que será importante, mas a síntese a ser preparada, e que trará a assinatura do Papa como “exortação pós-sinodal”. É muito provável que não será um texto claro e definitivo, mas baseado sobre uma interpretação “flutuante”. De modo que qualquer um ao lê-lo possa aproveitar-se da parte que mais lhe convém.
Humilde observação de um pobre cronista: mas se alguém tem um plano tão elaborado e astuto, por que falar sobre ele diante de verdadeiros estranhos durante um sumptuoso jantar?
Ocorre já um certo número de casos em que sacerdotes, mesmo entre os “conservadores”, examinam a situação pessoal e tomam para si a responsabilidade de dizer: comungue, mas de forma discreta. Isto desde os tempos de João Paulo II.
Mas de qualquer forma, o Cardeal Walter Kasper, que já há vinte anos tinha sua própria ideia a esse respeito, não acolhida nos pontificados de João Paulo II e Bento XVI, viu na ascensão de Bergoglio a oportunidade de apresentá-la novamente. Apesar do facto de que de Manila a Berlim, de Nova York a África, a grande maioria de seus colegas tenha, mais uma vez, reafirmado a doutrina da Igreja, baseada, aliás, nas palavras de Jesus; um dos poucos casos em que a afirmação aparece nítida, clara e definitiva, não colocada em dúvida sequer pelos mutiladores profissionais de textos…
Em suma, as coisas para Kasper & Companhia não tinham ambiente para se inserir muito bem. Mas talvez houvesse uma maneira de ajudá-los. E tentar impedir que as vozes irritantes façam muito barulho.
O primeiro ponto consiste em pedir que as intervenções escritas sejam entregues com antecedência. Isso foi feito. Até 8 de Setembro, quem queria intervir no Sínodo deveria enviar o seu pequeno discurso.
Segundo: ler atentamente todas as intervenções e no caso de que algumas delas serem particularmente picantes, dar a palavra a um orador que, antes da intervenção espinhosa, buscasse já responder, no todo ou em parte, aos problemas levantados pela própria intervenção.
Terceiro: se alguma intervenção parecer realmente problemática, dizer que, infelizmente, não há tempo para dar a palavra a todos, mas que o texto foi recebido e permanece nas atas, e com certeza isso será tido em conta na elaboração final.
E, com efeito, não é tanto o Sínodo que será importante, mas a síntese a ser preparada, e que trará a assinatura do Papa como “exortação pós-sinodal”. É muito provável que não será um texto claro e definitivo, mas baseado sobre uma interpretação “flutuante”. De modo que qualquer um ao lê-lo possa aproveitar-se da parte que mais lhe convém.
Humilde observação de um pobre cronista: mas se alguém tem um plano tão elaborado e astuto, por que falar sobre ele diante de verdadeiros estranhos durante um sumptuoso jantar?
20 de Setembro de 2014
*jornalista italiano, especializado em assuntos do Vaticano, trabalha no jornal diário italiano “La Stampa”, com sede em Turim, e uma referência em Itália com cerca de 500 mil edições diárias.
Observação: Nossa Senhora fundou em 1972 o Movimento Sacerdotal Mariano, através do Pe. Stefano Gobbi, a fim de, entre outros objectivos, fazer face à “onda de contestação do Magistério, que ameaça a Igreja até aos fundamentos”. Ora, actualmente, são preocupantes as notícias acerca de afirmações de bispos e cardeais em vista dos preparativos e doutrinas teológicas do Sínodo Sobre a Família, a decorrer no Vaticano, de 5 a 19 de Outubro.
Rezemos para que a Igreja neste Sínodo continue a professar e a anunciar integralmente a doutrina sobre a família, que recebeu de Deus Nosso Senhor.
Observação: Nossa Senhora fundou em 1972 o Movimento Sacerdotal Mariano, através do Pe. Stefano Gobbi, a fim de, entre outros objectivos, fazer face à “onda de contestação do Magistério, que ameaça a Igreja até aos fundamentos”. Ora, actualmente, são preocupantes as notícias acerca de afirmações de bispos e cardeais em vista dos preparativos e doutrinas teológicas do Sínodo Sobre a Família, a decorrer no Vaticano, de 5 a 19 de Outubro.
Rezemos para que a Igreja neste Sínodo continue a professar e a anunciar integralmente a doutrina sobre a família, que recebeu de Deus Nosso Senhor.